domingo, 22 de maio de 2011

Consumo como valor


            O que fazer o 13º salário? Pagar ou fazer mais dívidas, comprar presentes ou poupar? A questão é que, com mais dinheiro na mão, o consumo como valor existencial extrapola o seu lugar quando o dinheiro disponível é menor.
            Apesar de vivermos numa sociedade capitalista, são poucos os estudos sobre o ato mais comum deste sistema: o consumo. Parece que consumir não combina com reflexão.
            O consumo nos envolve emocional e ideologicamente, do berço ao túmulo, ou seja, crianças e adultos, em todas as fases da vida estão, envolvidos por este fenômeno. Se considerarmos o consumo como um quebra-cabeça, logo perceberemos que a figura a ser montada tem a fisionomia de cada um de nós; e, a cada dia mais peças deste imenso quadro se ajuntam. Trata-se de um fenômeno que nos dá forma: através dele definimos nossas semelhanças e diferenças sociais e culturais; construímos nossa identidade como pessoa.
            Para muitos, consumir é sinônimo de felicidade. Quem não consome não é feliz. A publicidade nos seduz com este discurso: consumir traz sucesso, rejuvenescimento, e o sentimento de pertença e permanência, não importa as banalidades anunciadas ora com seriedade, ora com deboche.
O apelo ao consumo confunde necessidades com desejos, mas isto não fica bem claro, porque cerveja é diferente de ar puro, cartão de crédito é diferente de alegria, coca-cola não é água, educação é diferente de métodos que as escolas adotam; e no campo religioso – saúde não é milagre. Acreditamos que basta desejar para que uma necessidade seja atendida, ou simplesmente mudar a vida, senão no presente, ao menos no futuro, para que ela seja diferente do que é hoje.
Há um movimento muito intenso no sentido de tornar os produtos e marcas como extensão de nossos desejos, captando assim nossa atenção e interesse, que acaba nos levando à ação, isto é, ao consumo. Produtos e marcas chegam a ser reverenciados como uma entidade existencial separada, que muitas vezes supera a dos próprios consumidores.
No fundo, parece que a realidade que nos leva a consumir é a frenética busca pela felicidade. Porém, nos perguntemos: quais são as reais razões que nos levam à infelicidade? Será a falta do que desejamos, ainda que tenhamos nossas necessidades supridas? Por que nos satisfazemos em irmos ao shopping, com um dinheiro que ainda não é nosso, para comprarmos o que não precisamos, com a intenção de impressionar a quem não conhecemos, e fingirmos aquilo que não somos? O consumo, do modo como estamos vivenciando, é um sintoma da alienação não só da sociedade, como também do indivíduo. Só a conscientização pode nos tirar desta crítica situação.
Deveríamos nos lembrar que, para domesticar os índios, os colonizadores ofereceram-lhes diversos objetos, em troca de suas terras. Parece que o mesmo está se dando quando se pensa acerca do consumo: não somos mais donos de nós mesmos, porque compramos bugigangas que valem muito menos do que nossa vida. Nada mais interessante ao mercado: transformar necessidades em fetiches vendidos no camelô, para satisfazer a voracidade pela felicidade.

Medo (II)


            Quem está sujeito a sentir medo?
“Nossos medos alteram-se com idade, gênero, classe sócio-econômica, nível de desenvolvimento cognitivo e outras variáveis de natureza individual ou social” (Antonio Roazzi; Fabiana C. B. Federicci; Maria do Rosário Carvalho. A questão do consenso nas representações sociais: um estudo do medo entre adultos. Psic. Teor. e Pesq. V. 18 n.2. Brasília: 2002).
Quanto menor for a nossa capacidade de avaliar a vida, menor será o medo. Quanto mais apurada for a nossa noção de vida, maior será a sensação de medo. Por isso podemos dizer que há vários tipos de medo. A criança sofre medos que os idosos não sofrem; os ricos temem por coisas que os pobres não temem; o intelectual sente um medo diferente do símplice; as mulheres sentem um tipo de medo, e os homens, outro.
O medo é diferente de pessoa para pessoa, e não importa se é imaginária ou real a situação de perigo que sofre. Nem sempre somos suficientemente capazes de admitir ou de verbalizar o quanto somos medrosos. A maioria de nós procura diminuir as experiências desagradáveis, na tentativa de “despistar” o medo, prolongando aquelas que julgam positivas, com o propósito de atenuar o medo.
Segundo os autores acima citados, o medo também é uma emoção “governada” pelo grupo social a que pertenço, isto é, dependendo do valor que atribuo às opiniões dos outros, o meu medo será mais forte ou mais fraco, porque procuro de alguma forma antecipar a aprovação ou a desaprovação alheias sobre o que pode acontecer comigo. Por isso é comum as pessoas se aproximarem daquelas que lhes dão sensação de segurança quanto aos seus próprios valores, e se afastam das que, possivelmente, podem censurar de alguma maneira seu estilo de vida.
O medo também pode ser compreendido como uma emoção íntima, a decepção. É o medo que “se dirige ao nosso ser íntimo”, conforme Marco Aurélio Werle, professor da USP, em “A angústia, o nada e a morte em Heidegger” (Trans/Form/Ação. V. 26, n.1. Marília: 2003).
O medo surge também quando nos vemos desafiados a desenvolver novas habilidades, sem as quais sabemos que não temos como sobreviver às dificuldades que enfrentamos sozinhos. Nesta situação temos “duas possibilidades: ou ficamos tomados pelo medo e por ele subjugados, ou lutaremos corajosamente para vencer esse medo” (Mônica Giacomini Guedes da Silva. Doença terminal, perspectiva de morte: um trabalho desafiador ao profissional da saúde que luta contra ela... Rev. SBPH. V.10 n.2. Rio de Janeiro: 2007).
E a religião, tem alguma participação no sentido de ao menos atenuar o medo? Para Rubem Alves (1933-): “A religião se nos apresenta como um discurso, uma rede de símbolos. Com esses símbolos os homens discriminam objetos, tempos e espaços, construindo, com o seu auxílio, uma abóbada sagrada com que recobrem o seu mundo. Talvez porque sem ela o mundo seja por demais frio e escuro. Com seus símbolos sagrados o homem exorciza o medo e constrói diques contra o caos” (O que é religião. São Paulo: Abril Cultural e Brasiliense, 1984, p. 24).

Homenagem a Helena Silveira


A história da Igreja Presbiteriana do Brasil, e especialmente nas terras das Minas Gerais, durante a maior parte do tempo do século XX, e início do século XXI, não pode omitir do nome de Helena Silveira. Suas atividades como mulher e missionária influenciaram Igrejas e Concílios brasileiros e estrangeiros, mas especialmente a vida de muitas pessoas, quer como professora de Escolas Dominicais das Igrejas locais, quer como responsável pelos campos missionários para onde fora enviada. Ela participou de todos os momentos de uma vida humana da maternidade ao cemitério, do batismo ao matrimônio, do ensino dos princípios elementares aos temas mais profundos das Escrituras Sagradas, dos catecumenatos aos pastores, missionários e membros da intelectualidade teológica; sua presença é real e inesquecível em tudo que se relaciona à ciência da pregação e pedagogia cristãs.
         Helena jamais deixou de ser missionária na mais estrita acepção da palavra, apesar das limitações tão próprias daqueles que atendem à vocação divina, porque vive a simplicidade como um dos maiores valores do espírito humano, com resignação, mas com persistência, recusando tudo que possa impedi-la no exercício de suas funções. Talvez este seja o grande segredo de sua vida, aprendido com seu pai, sempre lembrado com saudade e admiração. Sua formação intelectual se deu num dos períodos mais importantes da história da educação neste País, por isso sempre está preparada para debater sobre todos os assuntos quando lhe pedem sua opinião, à qual se recomenda atenção e consideração, pois sempre será sábia e inteligente por ser carregada de emoções e experiências com o poder de Deus.
         “Dona Helena”, como sempre a tratei, participa da vida de todas as pessoas com quem tem contato, buscando o melhor para elas e suas família, preocupando-se com os pobres, doentes, órfãos, solitários, desempregados, mas também com os ricos, empresários, professores, advogados, etc.
         Nos anos 1990-1992, período em que desempenhei as funções pastorais junto das Igrejas Presbiterianas de Divinópolis/MG, a presença e participação de “Dona Helena” foram enriquecedores: seus posicionamentos frente às dificuldades comuns a todas as comunidades religiosas, contribuíam bastante no encaminhamento que precisava dar às mesmas; presente e atuante em todos os cultos semanais, reuniões de oração, estudos bíblicos, bem como em atividades recreativas que promovem o espírito de confraternização e o fortalecimento da comunhão cristã, traziam inspiração e segurança a todos os membros das Igrejas, porque sua figura alegre, simpática é querida e admirada por todos; e, outra das suas características que merece ser destacada, e principalmente nos dias de hoje, é a sua fidelidade aos compromissos financeiros com o dízimo e ofertas à Igreja, sendo nisto também, exemplo a ser seguido por todos, pobres e ricos, pois sua vida é prova viva de que as “janelas do céu” estão abertas sobre aqueles que servem ao Senhor com seus dízimos. Ser dizimista é uma atitude corajosa que não pode ser desprezada, talvez por isso seja tão impopular, especialmente entre aqueles que não tem motivos para o serem, mas que podem mudar de opinião.
O que mais me incentivou como jovem ministro presbiteriano não foram as técnicas que “Dona Helena” empregava em suas atividades como professora de crianças, adolescentes e jovens da Escola Dominical, ou como sócia da Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF), mas sim sua dedicação àquilo que considerava relevante na vida de um membro da Igreja, presença e participação ativa e responsável.
         Sílvia (minha esposa) e eu tivemos o privilégio de passar por momentos especiais juntos com “Dona Helena”: ficamos noivos em seu apartamento “majestoso”, como chama o edifício onde reside; esteve presente na cerimônia de nosso casamento, na Igreja Presbiteriana de Iacanga (26/01/1991); viajamos algumas vezes no “chevettinho”, que numa ocasião, indo para Belo Horizonte/MG, a roda traseira se soltara, porque a “porquinha”, como ela sempre se recorda, quando conversamos por telefone, não estava bem apertada – de fato, aquela foi uma experiência inesquecível, mais uma; participamos de outras situações divertidas, como festas de nossos aniversários e churrascos no Horto Florestal da cidade, apesar de serem raros, devido às grandes dificuldades financeiras que passávamos à época; quando soube que fui aceito como professor no Seminário Presbiteriano “Rev. Nicodemos Eller”, na capital, pareceu-me ter ficado satisfeita e contente, pois assim eu realizava um desejo pessoal, e exigia uma maior preparação para o sagrado ministério.
         Como me referi no início, Helena sempre permaneceu uma missionária, talvez por isso sua visão às vezes pareça um tanto pessimista e crítica em relação aos caminhos adotados pelas autoridades da Igreja, sobretudo local. Em minha opinião, isto se dá porque ela, constantemente, recorda das experiências quando esteve à frente de comunidades, ocasiões que tomava decisões sob orientação de missionários americanos, ou sozinha. Digo isto não para criticar suas opiniões, mas sim para mostrar e realçar sua experiência de vida e sua espiritualidade, evidentemente condicionadas pelo espírito de seu tempo: vivia intensamente os ideais dos últimos dias de avivamento religioso vividos pela Igreja Presbiteriana do Brasil. Este era o pano de fundo espiritual que não pode ser separado da figura de “Dona Helena”. Ela viveu um período de crescimento das comunidades presbiterianas que ainda estavam sob o impacto dos sonhos missionários de Ashbel Green Simonton (1833-1867), pioneiro do presbiterianismo brasileiro. Portanto, ela é um patrimônio vivo do trabalho realizado pela Missão Americana, que dava continuidade aos objetivos daquele americano, como aberturas de novas Igrejas, escolas, hospitais e publicação de obras evangélicas, como jornais e/ou livros. Esta realidade nos faz considerar algumas coisas: a dimensão de suas preocupações quanto ao futuro das Igrejas, visto vivermos outros tempos, e a responsabilidade que está em nossas mãos, que não podem se envolver com outras tarefas senão assumirmos os desafios que a contemporaneidade nos lança a todo o tempo.
         Não é tarefa fácil falar de Helena Silveira, e participar deste livro é um grande privilégio porque nesta oportunidade podemos considerar as palavras de Carl Gustav Jung (1875-1961), psiquiatra suíço e filho de pastor luterano, que afirmou: “Nós podemos sucumbir a um envolvimento quando não percebemos em tempo por que fomos envolvidos” (O Espírito na Arte e na Ciência. Vozes: Petrópolis, 1985, p. 44). Durante estes mais de vinte anos de amizade, hoje sei que fui envolvido pela “Dona Helena”, para reconhecer que ela é uma, entre tantas, da “multidão dos que crêem, observando-nos da tribuna principal”, segundo o escritor da epístola aos Hebreus (12.1), e que também temos de “correr com perseverança a carreira especial que Deus pôs diante de nós”, assim como ela.

Estratégias de Manipulação


Estratégias de Manipulação
As estratégias e as técnicas dos donos do mundo para a manipulação das opinião pública e da sociedade....

. A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética.
 
“Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”.)

2. CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar uma certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3. A ESTRATÉGIA DA DEGRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, é suficiente aplicar progressivamente, em “degradado”, sobre uma duração de 10 anos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas tem sido impostas durante os anos de 1980 a 1990. Desemprego em massa, precariedade, flexibilidade, reassentamentos, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haviam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de forma brusca.

4. A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO
Uma outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública no momento para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, por que o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, por que o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Em fim, isto dá mais tempo ao público pata acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
Um exemplo recente: a passagem para o Euro e a perca da soberania monetária e econômica tem sido aceitos pelos países Europeus em 1994-1995 para uma aplicação em 2001. Outro exemplo: os acordos multilaterais da ALCA (o FTAA) que os Estados Unidos tem imposto desde 2001 aos países de todo o continente americano (Central e Sul da América) apesar de suas reticências, concedendo uma aplicação e vigência diferida para 2005.
5. DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza um discurso, argumentos, personagens e uma entonação particularmente infantil, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.
Por que?
“Se se dirige a uma pessoa como se tivesse a idade de 12 anos então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, uma resposta ou reação também desprovida de um sentido critico como a de uma pessoa de 12 anos de idade”.

6. UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos...
7. MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer como que se o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada as classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre o possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores” (ver “armas silenciosas para guerras tranqüilas”)

8. Promover ao público a ser complacente na mediocridade
Promover ao público a achar “cool” pelo fato de ser estúpido, vulgar e inculto...
9. REFORÇAR A REVOLTA PELA CULPABILIDADE
Fazer o individuo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo auto-desvalida-se e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E sem ação, não há revolução!...







10. CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência tem gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças a biologia, a neurobiologia e a psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o individuo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.