sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Psicocine

PsicoCine
PsicoCine é um projeto que se propõe analisar e refletir sobre as produções cinematográficas que possam ser usadas como instrumento de aplicação e discussão de temas relacionadas a Psicologia,  fomentando a potencialidade do cinema como processo de criação de modos de existência, produção de subjetividades, desejos e realidades,  em sua dimensão estética, ética e psicológica.

Filme:
UP - Altas Aventuras: Bom e Mau Humor, Criatividade e Individuação
Dia 22 de Fevereiro de 2014
Horário: 17h00
Local: Salão Paroquial da Matriz Santo Antônio (entrada pela R. Prudente de Moraes)
Evento gratuito

XXX InterQuinta_Jung – Debate

Exibirá o filme: “Caramelo”, seguido de debate.
Sinopse:  Em Beirute (Líbano), no salão de beleza Sibelle, quatro mulheres se encontram regularmente. Entre cortes de cabelo e depilação a base de cera de caramelo, deixam transparecer seus conflitos cotidianos. Layale é amante de um homem casado; Nisrine é mulçumana,  vai se casar e não sabe como resolver o problema de não ser mais virgem; Rima sente atração por mulheres; Jamale não aceita o envelhecimento e Rose abdicou de sua vida para cuidar da irmã mais velha. Temas como cultura, construção de identidades de gênero, amor e sexualidade  estão presentes neste filme e serão objetos de debate.

    Informações Técnicas
    Título: Caramelo     País de Origem: França / Líbano
            Ano de Lançamento: 2007
            Recomendação: 10 anos  Direção: Nadine Labaki  Gênero: Comédia Dramá
            Duração: 95 minutos        
Elenco: . Nadine LabakiYasmine ElmasriJoanna MoukarzelGisèle AouadAdel KaramSihame HaddadAziza Semaan.
Data da Exibição: 27/02/2014
Horário: 20h00      
Local: Sala de Projeção Municipal, piso superior da Biblioteca Municipal. Entrada pela Av. Rio Branco.
DebatedoraMartha dos Reis -  Doutora em História, Professora e Pesquisadora da UNESP/MaríliaAtualmente participa de pesquisa sobre o desenvolvimento da Psicanálise em Marília  e região e dos Grupos de Estudos: 1) Anima, do CCEJ – Clínica e Centro de Estudos Junguianos, coordenado por Eneliz Mafalda Capellini e 2) Grupo de Estudos sobre Temas Variados, coordenado por Gisele Demarchi.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Pensar e sentir em "remodelação"

Pensar e sentir como funções psíquicas estão interligadas.
Interpretamos (pensamos) ativa e passivamente sobre tudo aquilo que nos chega à percepção, conforme Carl G. Jung (Tipos Psicológicos).
Pensamos ativamente ao nos envolvermos por e com vontade própria, tanto ao que nos acontece como às emoções geradas pelos fatos; neste sentido, o intelecto dirige nossos posicionamentos frente aos eventos e às emoções, nossas e de terceiros. Pensar passivamente significa deixar que as ideias se conectem umas às outras espontaneamente, sem uma participação dirigida; é deixar-se, intelectualmente, ser conduzido pela intuição, no campo físico e pessoal.
Sentir é a capacidade de avaliação do que nos acontece externa e internamente; trata-se de refletir subjetivamente quanto à necessidade de enfrentar e de recuar frente às ocasiões com que nos deparamos.
A vivência destas funções modera tanto o racionalismo quanto a fantasia, quer dizer, nos protegemos da frieza intelectual e, puramente, sentimentalistas.
Na atualidade, pensar e sentir se dá no âmbito da vida urbana e, hoje mais do que nunca, sentimos os efeitos da dissociação destas funções.
Conforme o historiador e crítico de arquitetura, tcheco, Sigfried Giedion (1888-1968): “O caos de nossas cidades, não pode ser explicado tão só pelas condições sociais e econômicas. As ações são postas em marcha mediante impulsos sociais e econômicos, mas cada ato humano está sob influências, e inconscientemente plasmado por um ambiente emocional específico. O mesmo ocorre com a política e o governo. Na base de cada sistema político se acham indivíduos cujas ações refletem sua preparação intelectual e emotiva. No momento em que se produz uma cisão, o núcleo interno da personalidade fica separado por uma diferença de nível entre os métodos de pensar e os do sentir. Seu resultado é o símbolo do nosso tempo: o homem dissociado, inadaptado” (Espacio, tiempo y arquitectura. Ed. Reverté. Barcelona/Espanha: 2009, p. 788-789).
As condições de vida nas cidades têm nos levado a um elevado nível de estresse e, as consequências estão aí: baixo nível de tolerância para com o contínuo descaso das autoridades pela baixa qualidade dos serviços públicos, insegurança, ruas esburacadas, alta de taxas e impostos; ansiedade gerada pela incerteza quanto ao que virá depois dos protestos iniciados em junho de 2013; distúrbios mentais, como depressão e outros transtornos psíquicos, porque vemos as nossas condições de vida piorar; chegando até, em alguns casos, à perda da identidade própria.
Estamos num momento em que as funções psíquicas de pensar e sentir estão se “remodelando”.
As estruturas do saber e poder incestuosamente ligadas e corroídas, que ocupam os espaços espirituais, intelectuais, políticos e econômicos, querem nos fazer crer que o movimento psíquico em curso levará ao fim da sociedade de consumo, dos partidos políticos, da “ordem moral e ética” que controlam sob a força e a violência.
A luta travada no mundo exterior se dá no nível interior de cada um de nós. É preciso acompanhar o processo de “remodelação” do pensar e do sentir, assimilando os seus conteúdos à consciência, se quisermos construir uma sociedade melhor.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Perspectivas para um mundo em crise e transformação

VI SIMPÓSIO DO INSTITUTO JUNGUIANO DE SÃO PAULO

Perspectivas para um mundo em crise e transformação
Palestras de autores junguianos sobre diversos aspectos do tema.
Entrada: Gratuita
Data: 22/03/2014 sábado
Horário: 9:00 hs às 15:00 hs
Local: UniPaulistana (auditório)
Endereço: Rua Madre Cabrini, 38 Vila Mariana, São Paulo
Inscrições: Vanessa 3030-9315

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Conheça a Clínica de Psicologia

No endereço:

http://silvioperes.wix.com/clinicadepsicologia
Seja bem vindo!

PsicoCine

PsicoCine é um projeto que se propõe analisar e refletir sobre as produções cinematográficas que possam ser usadas como instrumento de aplicação e discussão de temas relacionadas a Psicologia,  fomentando a potencialidade do cinema como processo de criação de modos de existência, produção de subjetividades, desejos e realidades,  em sua dimensão estética, ética e psicológica.

Filme:
UP - Altas Aventuras: Bom e Mau Humor, Criatividade e Individuação
Dia 22 de Fevereiro de 2014
Horário: 17h00
Local: Salão Paroquial da Matriz Santo Antônio (entrada pela R. Prudente de Moraes)
Evento gratuito

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Andarilhos, somos todos nós

            O andarilho busca se encontrar numa experiência de vida que, para a maior parte das pessoas, no mínimo, é muito estranha. Não é possível categorizar a sua opção de vida: não é a do peregrino, não é a do viajante, nem do itinerante, porque “parece” não possuir um endereço “normal”, para que retorne “a uma vida normal”.
Como afirma o psicólogo e membro do Instituto de Psicologia Analítica de Campinas (IPAC), Alessandro Caldonazzo Gomes: “Sugerem ser indivíduos aparentemente sem objetivos, simplesmente errantes, sem rumo, sem propósito, marginais”, (O Trecho do Mundo: um olhar sobe a individuação do andarilho. São Paulo: Cadernos Junguianos, nº 6, 2010, p. 93).
Tratados pela maioria das pessoas, inclusive por aquelas que deveriam ajudá-las a minorar os sofrimentos a que estão sujeitos, como: “maloqueiro”, “sem-teto”, “pedinte”, “mendigo”, “desocupado”, “preguiçoso”, “vagabundo”, “bêbado”, “marginal”, “pobre”, “doido”, etc, os andarilhos, na verdade, estão sendo atacados.
Contudo, o ataque revela os aspectos sombrios inconscientes que o restante da sociedade projeta sobre eles. Trata-se de um mecanismo de defesa contra a ansiedade gerada pelas emoções difíceis e/ou das partes inaceitáveis da personalidade, provocando um sentimento (provisório) de libertação e de bem-estar.
“Todo mundo carrega uma sombra, e, quando menos ela está incorporada ao consciente do indivíduo, mais negra e densa ela é. Se uma inferioridade é consciente, sempre se tem uma oportunidade de corrigi-la. [...] Porém, se ela é reprimida e isolada da consciência, jamais é corrigida, e pode irromper subitamente em um momento de inconsciência. De qualquer modo, forma um obstáculo inconsciente, impedindo nossos mais bem intencionados propósitos”, conforme Carl Gustav Jung (Psicologia e religião. Petrópolis: Vozes, 1990, p. 81).
Desejosa por viver num ambiente seguro, de amparo, com certezas, de ações e decisões planejadas e organizadas, de valores defendidos nos limites da legalidade, das regras, muitos projetam sobre os andarilhos o temor por passar necessidades que, sem aviso prévio, podem ser levados a passar, especialmente por erros cometidos ou da indefinições a que estão sujeitos.
Porém, sempre é bom lembrar-se do que afirma Caldonazzo Gomes (idem, p. 99): “A alma humana é essencialmente errante. [...] A alma anseia pelo seu lugar no mundo, mas não um lugar definido em um corpo, não em um lugar territorial, não um lugar abstrato. A alma não tem forma definida, a alma não tem muros, a alma não tem pátria”.
Assim sendo, todos nós somos vulneráveis, frágeis, com parcos recursos que façam frente à precariedade, à soledade, à desproteção e rupturas sociais que abalam a ordem psicossocial egocentricamente estabelecida.
A alma está nos conduzindo, para conhecermos outras paragens, especialmente num contexto de amplo e intenso processo de desregramento moral e ético global.
Nesta condição precisamos aprender a cuidar de algumas patologias, tais como: solidariedade anoréxica, de delírio de grandeza (complexo de poder), de um desenvolvimento tecnológico maníaco, de ansiedade por lucros e riquezas, ...