No
processo de ensino-aprendizagem alguns fatores atuam intensamente, contudo, nem
sempre percebidos conscientemente.
No último artigo
abordamos que um destes fatores é que a educação se dá pelo exemplo, isto é, os
alunos aprendem com o que observam nos adultos, primeiramente em seus pais e
depois nos professores, imitando-nos em seus atos, palavras e gestos, por nos
considerarem pessoas maduras, inteligentes e capacitadas para lidarem com os mesmos
desafios que um dia nós mesmos enfrentamos, enquanto alunos.
Pelo
menos há outros dois fatores: que o ensino-aprendizagem é um processo que se
aplica a todos; e, a indivíduos específicos. Contudo, quanto a este último
discorreremos numa próxima oportunidade.
Entendo
que as regras, os princípios e os métodos da educação se aplicam a todos ou ao
maior número de pessoas, possível.
Quer
dizer, os professores no exercício de suas atividades pedagógicas não podem desprezar
tampouco privilegiar a uniformização dos alunos, como se todos fossem rigorosamente
iguais em suas capacidades de aprendizagem.
Há de se
considerar as diferenças de cada um dos alunos, mas sem privilegiar indivíduos
específicos, pois as regras, princípios e métodos de ensino devem ser aplicados
a todos, sem distinção. Por isso é importante que as classes de alunos, na
medida do possível, precisam ser heterogêneas - alunos classificados por
capacidades de aprendizagem e separados em classes diferentes prejudicam ao
professor em sua visão científica quanto à educação como processo coletivo, além
de não favorecer em sua atuação profissional.
Aliás, não seria
este um dos fatores que interferem negativamente no processo de os alunos
aprenderem por imitação, pois tal critério desanima o mais comprometido dos
professores, que se vê, diariamente, diante de alunos que ainda não têm suas
capacidades de aprendizagem mais desenvolvidas, do que outros, e apresenta um
comportamento que ele mesmo não aprova diante de seus alunos?
Ensinar e
aprender são processos que ambos, alunos e professores, promovem dentro de fora
do ambiente escolar, e se as regras, princípios e métodos de ensino forem
aplicados a todos, inclusive aos mestres, todos ganham.
Alguns benefícios que isto gera: altera o ambiente
social da escola, tornando o nível de convivência mais saudável, e livre de
cobranças estranhas ao processo de ensino-aprendizagem; enfraquece a ideia de
que existem indivíduos privilegiados, o que tem gerado tantas situações de
conflito, rivalidade e de violência, infelizmente, tão presentes entre os
professores e os alunos; leva a todos, professores e alunos, a buscarem uma adequação
aos problemas comuns ao processo de ensino-aprendizagem, sem distinção de
nossas capacidades cognitivas e sociais; inibe e/ou coíbe que alguns atuem
conforme suas anormalidades psíquicas, especialmente aqueles que são mimados
pelos pais, no caso dos alunos, ou que procedem de níveis sociais e culturais
diferenciados, entre os professores; e, que uma educação coletiva, para muitos
indivíduos é suficiente, porque atendem aquilo que esperam de si mesmos, e do
ambiente social que vivenciam, tendo oportunidades de melhorarem a si mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário