Durante os dias
04 a 06 de julho, os profissionais da Rede Municipal de Educação se reuniram
com um objetivo muito importante: ampliar seus conceitos e suas práticas
pedagógicas.
Sob
a supervisão de comprometidos e competentes cientistas da educação foram abordados
temas como: ética, inclusão escolar, filosofia, relação família e escola, entre
outros.
Para
que os debates não sejam colocados à margem da memória, ainda que a grande
maioria dos profissionais esteja em gozo de tão merecido recesso de suas atividades,
faz-se necessário apontar para alguns fatores no aprimoramento da atividade de
ensino: a educação se dá pelo exemplo, é um fenômeno que precisa ser aplicado a
todos, coletivamente, como também a indivíduos específicos.
Nos
próximos textos abordaremos algumas ideias sobre estes fatores. Hoje iniciamos
com o primeiro deles: a educação se dá pelo exemplo.
Mais
importante que os vários métodos disponíveis para que a transmissão e a
construção do conhecimento sejam bem sucedidas, propostos por tantos teóricos,
faz-se necessário salientar de que a educação se dá pela imitação dos alunos
aos professores.
Os
professores não podem subestimar o papel da observação e da imitação dos atos,
palavras e gestos na aprendizagem de seus alunos, pois igualmente fazem o mesmo
experimento em suas práticas didáticas, quando imitam os mestres que tanto
admiraram em sua formação pedagógica.
Os
alunos estão, constante e atentamente, ligados a tudo o que ocorre ao seu
redor, até mesmo quando estão no recreio, na formação das filas, não só nas
salas de aula, observando aos adultos que tanto gostariam de serem parecidos,
procurando imitá-los, pois consideram-nos pessoas maduras, inteligentes e
capacitadas para lidarem com os mesmos desafios, um dia enfrentados por nós.
Depois
de seus lares, os alunos descobrem que a escola é o universo mais rico
onde a diversidade humana está à disposição de sua aguçada e
encantadora curiosidade.
A
aprendizagem pela imitação se dá porque o aluno quer testar sem si mesmo,
se o que observa faz ou não sentido para a sua vida, se se vale a pena ou não
coexistir com os adultos.
A
aprendizagem por imitação é uma atitude inconsciente, isto é, além de ser
espontâneo e involuntário, é um processo individual e intransferível. Cada um,
incluindo os professores, imita o que quer e do que jeito que sabe, porque
somos seres dotados de subjetividade, ainda que o fenômeno ensino-aprendizagem
seja pautado por sistemas racionais, conforme nos apresentam as diversas
abordagens teóricas.
Para
Carl Gustav Jung (1875-1961), imitar é um método que sempre foi
eficiente, até para os doentes mentais. Mesmo quando outros métodos
falham, a imitação é eficiente porque se fundamenta “em uma das
propriedades primitivas da psique” (O desenvolvimento da personalidade.
Petrópolis: Vozes, 1983, p. 155).
Mas
os professores precisam estar atentos aos seus atos, palavras e gestos frente à educação, pois maus exemplos prejudicam e anulam até mesmo o melhor dos métodos
educacionais tão conscientemente elaborados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário