domingo, 15 de julho de 2012

Educação como processo coletivo


            No processo de ensino-aprendizagem alguns fatores atuam intensamente, contudo, nem sempre percebidos conscientemente.
No último artigo abordamos que um destes fatores é que a educação se dá pelo exemplo, isto é, os alunos aprendem com o que observam nos adultos, primeiramente em seus pais e depois nos professores, imitando-nos em seus atos, palavras e gestos, por nos considerarem pessoas maduras, inteligentes e capacitadas para lidarem com os mesmos desafios que um dia nós mesmos enfrentamos, enquanto alunos.
            Pelo menos há outros dois fatores: que o ensino-aprendizagem é um processo que se aplica a todos; e, a indivíduos específicos. Contudo, quanto a este último discorreremos numa próxima oportunidade.
            Entendo que as regras, os princípios e os métodos da educação se aplicam a todos ou ao maior número de pessoas, possível.
            Quer dizer, os professores no exercício de suas atividades pedagógicas não podem desprezar tampouco privilegiar a uniformização dos alunos, como se todos fossem rigorosamente iguais em suas capacidades de aprendizagem.
Há de se considerar as diferenças de cada um dos alunos, mas sem privilegiar indivíduos específicos, pois as regras, princípios e métodos de ensino devem ser aplicados a todos, sem distinção. Por isso é importante que as classes de alunos, na medida do possível, precisam ser heterogêneas - alunos classificados por capacidades de aprendizagem e separados em classes diferentes prejudicam ao professor em sua visão científica quanto à educação como processo coletivo, além de não favorecer em sua atuação profissional.
Aliás, não seria este um dos fatores que interferem negativamente no processo de os alunos aprenderem por imitação, pois tal critério desanima o mais comprometido dos professores, que se vê, diariamente, diante de alunos que ainda não têm suas capacidades de aprendizagem mais desenvolvidas, do que outros, e apresenta um comportamento que ele mesmo não aprova diante de seus alunos?
Ensinar e aprender são processos que ambos, alunos e professores, promovem dentro de fora do ambiente escolar, e se as regras, princípios e métodos de ensino forem aplicados a todos, inclusive aos mestres, todos ganham.
Alguns benefícios que isto gera: altera o ambiente social da escola, tornando o nível de convivência mais saudável, e livre de cobranças estranhas ao processo de ensino-aprendizagem; enfraquece a ideia de que existem indivíduos privilegiados, o que tem gerado tantas situações de conflito, rivalidade e de violência, infelizmente, tão presentes entre os professores e os alunos; leva a todos, professores e alunos, a buscarem uma adequação aos problemas comuns ao processo de ensino-aprendizagem, sem distinção de nossas capacidades cognitivas e sociais; inibe e/ou coíbe que alguns atuem conforme suas anormalidades psíquicas, especialmente aqueles que são mimados pelos pais, no caso dos alunos, ou que procedem de níveis sociais e culturais diferenciados, entre os professores; e, que uma educação coletiva, para muitos indivíduos é suficiente, porque atendem aquilo que esperam de si mesmos, e do ambiente social que vivenciam, tendo oportunidades de melhorarem a si mesmos.

domingo, 8 de julho de 2012

Educação pelo exemplo


Durante os dias 04 a 06 de julho, os profissionais da Rede Municipal de Educação se reuniram com um objetivo muito importante: ampliar seus conceitos e suas práticas pedagógicas.
Sob a supervisão de comprometidos e competentes cientistas da educação foram abordados temas como: ética, inclusão escolar, filosofia, relação família e escola, entre outros.
Para que os debates não sejam colocados à margem da memória, ainda que a grande maioria dos profissionais esteja em gozo de tão merecido recesso de suas atividades, faz-se necessário apontar para alguns fatores no aprimoramento da atividade de ensino: a educação se dá pelo exemplo, é um fenômeno que precisa ser aplicado a todos, coletivamente, como também a indivíduos específicos.
Nos próximos textos abordaremos algumas ideias sobre estes fatores. Hoje iniciamos com o primeiro deles: a educação se dá pelo exemplo.
Mais importante que os vários métodos disponíveis para que a transmissão e a construção do conhecimento sejam bem sucedidas, propostos por tantos teóricos, faz-se necessário salientar de que a educação se dá pela imitação dos alunos aos professores.
Os professores não podem subestimar o papel da observação e da imitação dos atos, palavras e gestos na aprendizagem de seus alunos, pois igualmente fazem o mesmo experimento em suas práticas didáticas, quando imitam os mestres que tanto admiraram em sua formação pedagógica.
Os alunos estão, constante e atentamente, ligados a tudo o que ocorre ao seu redor, até mesmo quando estão no recreio, na formação das filas, não só nas salas de aula, observando aos adultos que tanto gostariam de serem parecidos, procurando imitá-los, pois consideram-nos pessoas maduras, inteligentes e capacitadas para lidarem com os mesmos desafios, um dia enfrentados por nós.
Depois de seus lares, os alunos descobrem que a escola é o universo mais rico onde a diversidade humana está à  disposição de sua aguçada e encantadora curiosidade.
A aprendizagem pela imitação se dá porque o aluno quer testar sem si mesmo, se o que observa faz ou não sentido para a sua vida, se se vale a pena ou não coexistir com os adultos.
A aprendizagem por imitação é uma atitude inconsciente, isto é, além de ser espontâneo e involuntário, é um processo individual e intransferível. Cada um, incluindo os professores, imita o que quer e do que jeito que sabe, porque somos seres dotados de subjetividade, ainda que o fenômeno ensino-aprendizagem seja pautado por sistemas racionais, conforme nos apresentam as diversas abordagens teóricas.
Para Carl Gustav Jung (1875-1961), imitar é  um método que sempre foi eficiente, até para os doentes mentais. Mesmo quando outros métodos falham, a imitação é eficiente porque se fundamenta “em uma das propriedades primitivas da psique”  (O desenvolvimento da personalidade. Petrópolis: Vozes, 1983, p. 155).
Mas os professores precisam estar atentos aos seus atos, palavras e gestos frente à educação, pois maus exemplos prejudicam e anulam até mesmo o melhor dos métodos educacionais tão conscientemente elaborados.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Corruptos: quem são eles?


            Quando o assunto é corrupção a única certeza de que se tem é quanto aos seus significados éticos e morais: suborno, depravação, desmoralização, devassidão. Contudo, quando se busca compreender suas causas e origens, as opiniões se divergem.
            Segundo os estudos psiquiátricos o corrupto sofre de transtorno de personalidade antissocial, possui um senso ético pobre, uma fraca assimilação da moral estabelecida e é de difícil tratamento, devido à má formação de áreas cerebrais que favorecem a percepção de limites no convívio comunitário. Pessoas com este perfil demonstram ativação reduzida do córtex medial pré-frontal, área cerebral responsável pelas nossas escolhas pessoais e sociais.
            Na opinião da psiquiatra forense Hilda Morana, coordenadora do departamento de Psiquiatria Forense da Associação Brasileira de Psiquiatria: “Estatísticas recentes apontam que cerca de 15% da população mundial é afetada por transtorno. Entre todos os casos, os mais graves, que podem responder por crimes mais sérios, orbitam entre 1% e 2% desses indivíduos. Estes, quase que obrigatoriamente, cometerão atos cruéis de algum tipo: grandes golpes que podem afetar muitas pessoas, torturas, assassinatos bárbaros para obtenção de fortunas, etc”, além disso a doença tem um caráter hereditário” (Revista Ciência & Vida Psique. Ano IV, nº 44, p. 39).
            Se o diagnóstico pode ser realizado em exame tomográfico por ressonância magnética funcional (TRMf), capaz de registrar a atividade magnética do cérebro, podendo concluir se o caso é de “leve” a “muito grave”, o prognóstico não assegura sucesso devido à interação com os fatores ambientais que favorecem tal comportamento, sendo estes mais uma das causas ou origens da corrupção. Basta haver possibilidades de ganho de alguma vantagem pessoal associadas às mínimas chances de alguma punição, para desencadear ações típicas. Se o indivíduo vive num contexto social que não condena quaisquer atos de corrupção, e é portador de algum déficit no funcionamento cerebral, tem todas as possibilidades para desenvolver o transtorno.
            A sensibilidade moral e ética é uma percepção que se aprende e se desenvolve, e caso haja algum impedimento no processo, o transtorno de personalidade pode se instalar.
            Segundo o médico e psicoterapeuta João Augusto Figueiró, do Hospital das Clínicas da USP (São Paulo), alguns fatores como “uma criação muito permissiva ou limites morais e éticos muito frouxos” contribuem para o surgimento desta psicopatia.
            Figueiró ajuda-nos a compreender porque este problema não tem cura: “O portador nunca busca tratamento”. E, avisa: “Ambientes extremamente permissivos e com acesso a muito poder, marcados pela impunidade, que são típicos da paisagem política brasileira, normalmente favorecem o surgimento do personagem corrupto. A única forma de combater o quadro são medidas de contenção externas, como a vigilância e a punição. Em situações onde os delitos praticados são punidos de fato, os portadores do transtorno tendem a se portar melhor” (Revista Ciência & Vida Psique. Ano IV, nº 44, p. 41).
            O histórico familiar e pessoal dos candidatos aos cargos administrativos e legislativos da cidade são mais importantes que suas promessas eleitoreiras.

domingo, 24 de junho de 2012

Xô moleza!


            A sociedade é um organismo vivo e dinâmico. Nenhum de nós é capaz de sobreviver sem participar do grupo social, e tudo que acontece se não temos uma direta participação, estamos envolvidos. Diante dos acontecimentos só nos cabe duas atitudes: adaptação a eles ou enfrentamento, na tentativa de alterá-los, passando nós mesmos pelas transformações que somos capazes de provocar, tendo algumas experiências. Mesmo que nos neguemos a participar ativamente, algum destino está dando às condições estabelecidas. Engana-se quem acredita na ideia de que se cada um cuidar da sua vida todos os problemas serão resolvidos, pois a sociedade existe porque os indivíduos interagem, e se constroem mutuamente. A realidade social só pode ser alterada com o envolvimento responsável de cada um, do contrário, cada vez mais ganharão espaço e importância, demagogos e espertalhões, que ambicionam somente seus próprios interesses, porque nos consideram incapazes de lutar pelos nossos direitos.
            Neste sentido, temos de ir além do simples impacto que os acontecimentos nos causam, como por exemplo, da Professora Eleuza Campanelli Bueno dos Reis que sofreu no último dia 18/06 um AVC por ter presenciado atos de vandalismo contra seu automóvel estacionado em frente à Escola Estadual Nova Marília, onde trabalha. Segundo as reportagens dos jornais da cidade, na semana anterior uma bomba foi detonada por estudantes dentro de uma sala de aula, provocando incêndio no teto da classe.
            Este caso não só provoca indignação e perplexidade, mas um sentimento de solidariedade com toda a comunidade docente, pois à consciência se impõe veementemente a imperiosa necessidade de repúdio a tais acontecimentos.
            Não podemos nos acomodar a nenhuma forma de humilhação, ameaça e violência contra o exercício de uma das mais dignas profissões, especialmente numa sociedade tão carente de valores éticos e morais.
            Todos os professores se associam à consternação do sucedido, e fazemos votos pelo pronto restabelecimento físico, mental, moral e profissional da Professora Eleuza, bem como aos demais docentes, funcionários e alunos da Escola Estadual Nova Marília, que igualmente compartilham do mesmo sentimento, com a esperança de reconquistar e preservar as condições plenas para o exercício responsável e competente de nossas funções na construção de uma sociedade melhor e forte na defesa de seus, mínimos e legítimos, direitos de trabalhar com decência.
            Queremos viver numa sociedade que há milhões de anos muitos de nossos antepassados trabalharam, e cremos que isto é possível. Não podemos aguardar que alguém faça por nós o que nós devemos fazer; não podemos nos preocupar apenas com o futuro da escola e da nossa sociedade. Nosso repúdio, plenamente, se justifica, pois queremos que haja progresso constante, seguro e saudável na construção que provocamos a todos, pelos nossos atos. Reafirmamos como Carl Gustav Jung: “O futuro brota sempre daquilo que existe agora, e não poderá ser sadio se brotar de solo mórbido; se somos mórbidos (moles) e não percebemos isso aqui e agora, é claro que acabaremos construindo um futuro doentio. Deves viver a vida num espírito tal que concretizes em cada momento o melhor das possibilidades”.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

AM. DM.


Qual a origem do machado, do serrote, do motosserra? Não seria de onde vêm as ideias de preservação das florestas, e de todo o meio ambiente? Por que nos submetemos a algumas tecnologias e a outras resistimos tão fortemente?
            Estas e outras são as questões que todos nós devemos fazer quando o desenvolvimento e sustentabilidade estão em pauta.
Toda ideia – as tecnologias são ideias que ganharam materialidade -, vem do inconsciente. Ao refletirmos sobre esse assunto precisamos manter a mente aberta o bastante para evitar a fixação racionalista de que as ideais vêm somente da capacidade racional, uma vez que muitas questionam nossa arrogante pretensão de que os interesses econômicos são mais valiosos que a vida dos homens, como quer nos convencer os países ricos (leia-se Europa), na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20.
            Há quem pense que a vida humana pode ser dividida em: Antes do Machado - AM, e Depois do Machado – DM. Antes do Machado – AM – o homem sofria sob as forças da natureza, porque seu conhecimento não passava a de um ser primitivo e atrasado na evolução. Depois do Machado – DM – o homem não deve abrir mão de sua racionalidade, pois pode voltar a ser como um de seus ancestrais.
Puro engano. Não é o uso das tecnologias disponíveis que nos fazem evoluídos, mas a valorização racional de outras técnicas que a razão ainda desconfia. A razão não é a única capacidade humana que nos faz sofrer menos. Ouvir e atender a alma, não no sentido teológico de uma parte imortal do homem, mas no sentido psicológico de uma figura que não é vista e que representa o inconsciente, como faziam os primitivos, nos levará a salvação do planeta e de todos os homens, ainda que tais ideias nos pareça estranhas e não-racionais. Este é um dos aspectos psicoantropológicos que a economia mundial precisa refletir.
A fonte das ferramentas tecnológicas que nos levaram para este estado de coisas continua a mesma. Do inconsciente sempre emanou os valores que nos mantém vivos desde as eras mais primevas que nos legaram as ferramentas manuais como o machado, por exemplo, mas também as ideias novas e revolucionarias como a bola de futebol que produz energia elétrica capaz de acender uma lâmpada de LED ou carregar a bateria de um celular, a “soccket”, conforme nos conta a jornalista Heloisa Aruth Sturm (O Estado de São Paulo – 12.06.12, A16).
            “Todo ser humano é bastante cego e pode somente ver aquilo que está na frente de seus olhos, mas a sabedoria das idades representada nos mitos e nos símbolos religiosos têm sem dúvida uma visão mais ampla, um alcance maior que o de qualquer indivíduo. Se pudermos entender seus ensinamentos corretamente, eles podem tornar-se para nós como um guia, no sentido de uma seta indicadora, que aponta o caminho como o fez para os nossos predecessores” (HARDING, M. E. Os mistérios da mulher. São Paulo: Paulus, 1985, p. 22).
            O legado dos homens primitivos continua vivo em nós, por isso fazemos poesia, como Pablo Neruda (1904-1973), registra em “Ode à terra”: “Queremos te amar, mãe fecunda, mãe do pão e do homem, mas mãe de todo o pão e de todos os homens” (Navegações e Regressos. São Paulo: MEDIAfashion, 2012, p. 179). Por que é difícil admitirmos que é assim?

domingo, 10 de junho de 2012

Inconsciente: fonte de todas as tecnologias


            Tal como o lenhador, de Jorge Luis Borges (1899-1986), acreditamos que “no bosque há lobos, mas os lobos não me amedrontam e meu machado nunca me foi infiel”, e amparados no acordo com os irmãos “mais velhos” podemos derrubar “todo o bosque até não restar uma única árvore” (O livro de areia. São Paulo: MEDIAfashion, 2012, pp. 91-93). E, assim nos dispomos a matar todo aquele que tenta nos impedir de possuir o que lhe pertence, ainda que depois do crime não encontremos mais o que tanto ambicionamos, e sem consciência do mal que nos possui.
            É com esta sociedade de “lenhadores” que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 – que ocorrerá de 13 a 22/06, na cidade do Rio de Janeiro, estará lidando.
A terra clama de todos os pontos cardiais que ninguém é inocente, mas que a sombra sobre os mares, rios, cidades, florestas e as espécies, tem a forma humana. Mas, cuidado. Esta situação não é para estimular a aversão a nós mesmos. A misantropia pode fortalecer os discursos das indústrias e das agências financeiras mundiais, ávidas por sufocar as boas intenções de proteção e preservação do meio ambiente, e vender seus produtos. A aversão ao ser humano, devido à maldade inerente a nossa natureza, gera a cultura da depressão, ou seja, de como é impossível corrigir nossas atividades exterminadoras, temos de nos conformar a ela, e continuar sob a luz bruxuleante do fracasso, e ao culto da idealização da natureza.
            O “machado” simboliza a tecnologia e seus avanços sobre a nossa alma, alterando, para sempre, a paisagem e nós mesmos. Adaptados às técnicas, as consideramos partes da natureza, e não mais produtos de nossas mentes e mãos, na opinião do psicólogo junguiano Andrew Samuels (A psique política. Rio de Janeiro: Imago Ed., 1995).
Para Roger Bastide (1898-1974), a crença na tecnologia se fortalece à medida que a razão humana ofusca a importância dos mitos, e toma o seu lugar. Para ele: “Entre as coisas e os homens, um novo corpo, intermediário se substituiu ao antigo, composto de cidades de cimento e ferro, de usinas fechadas, de máquinas de viver, de comer, de dormir, de fazer amor. As fumaças escondem o céu, o ar e água se emporcalham com nossos dejetos, os postes elétricos tomam o lugar de árvores vivas, as paisagens já não passam de cartazes de propaganda, as lâmpadas de neon apagaram as estrelas, e nós nos agitamos numa floresta de correias de transmissão, engrenagens giratórias, bielas e bate-estacas” (Roger Bastide. O sagrado selvagem e outros ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 105).
            Se do inconsciente vieram os “machados” que nos machucam e nos matam, dele também vêm ideias e medidas que facilitam o desenvolvimento sustentável do planeta. Cada ser humano é capaz de reconhecer o que é essencial, o que é prioritário e o que tem valor perene para si e para as futuras gerações.
É preciso considerar que é o consumismo egocêntrico que fundamenta a ordem social e moral de nossos tempos, e que quanto mais intransigentes forem nossas percepções neste campo, maiores serão as exigências a uma mudança de posicionamento frente às demandas da natureza que nos impõem limites cada vez menores às nossas ambições.