domingo, 11 de março de 2012

Revitalização da política: processo emergencial


            Não é de hoje que o cenário político mariliense precisa ser revitalizado. A renúncia do Prefeito só põe à prova a nossa capacidade de revitalizá-la. Mas isto só é possível através de novas ideias e melhores abordagens sobre a própria política, em suas práticas e das pessoas que estão envolvidas com ela.
            Não falta apenas integridade moral das pessoas e dos partidos que representam, falta também a capacidade de pensar em novas ideias para o exercício político. Imaginar uma nova política constata-se em todos os campos aonde as suas decisões se fazem sentir: desde as ruas e praças limpas e sem buracos, nos postos de saúde com agentes mais habilidosos com o sofrimento físico dos cidadãos, nas escolas com professores e funcionários bem capacitados, nas repartições públicas com funcionários que atendam às necessidades da população, no uso do dinheiro e dos bens públicos com honestidade por parte de seus administradores, etc.
            Mas para que isto efetivamente aconteça é preciso conciliar as realidades interiores com o mundo social que a política vivencia, isto é, todos nós precisamos observar e refletir nas experiências mais íntimas que temos ao enfrentar quaisquer situações nas quais a política deve se pronunciar, desde as disputas pessoais e nos contextos públicos, quer em suas afirmações e/ou opiniões acerca dos problemas que vive toda a sociedade. Das nossas experiências pessoais é que nascem as nossas decisões e atitudes políticas.
Por isso, algumas questões precisam ser respondidas, especialmente, pelos que se interessam pela vida político-partidária, como por exemplo: O que me motiva, pessoal e intimamente, a participar do cenário político-partidário que aí está? Até que ponto estou comprometido com as causas dos cidadãos, principalmente quando estas não atendem aos meus interesses pessoais e do partido do qual sou filiado? Os objetivos que tenho a propor no cenário político estão de acordo com a maioria dos cidadãos, e especialmente, com aqueles que são mais carentes e necessitados de uma promoção social mais justa? O que posso fazer melhor do que já foi realizado, e o que devo mudar em mim como indivíduo, e o que a sociedade pode mudar, para que vivamos numa cidade melhor? O que precisa ser mudado para que os mais jovens possam ter vontade para ocupar os lugares de liderança em nossa cidade?
            Neste momento que a nossa cidade se encontra, mais do que nunca, precisa de homens e de mulheres com um autoconhecimento honesto e que se coloca à prova.
            Apesar das decepções, e estas são sempre inevitáveis, é preciso encontrar forças interiores para superar a desconfiança, pois não existem soluções simplistas e/ou mágicas, mas apenas trabalho, com responsabilidade e criatividade. A vida política não é um convite para o prazer, mas para um enfrentamento do lado hostil da vida, da realidade. Não se pode perder o amor próprio em nome de um desempenho político, ainda que bem sucedido, baseado em promessas que não se tornam realidade.
            Um pouco de introspecção e de reflexão psicológica não é perda de tempo, especialmente porque as decisões e ações que precisam ser tomadas necessitam de sabedoria e paciência, apesar de suas urgentes implementações.

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