segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung 
Propostas:
Estudar os fundamentos teóricos da Psicologia Analítica
Leituras e discussões de textos de Carl Gustav Jung e de outros autores junguianos
Coordenação:
Psic. Sílvio Lopes Peres - CRP 06/109971
Candidato a membro do Instituto Junguiano de São Paulo – IJUSP (filiado a Associação Junguiana do Brasil – AJB, filiada a Association for Analytical Psychology – IAAP, com sede em Zurique, Suíça)
Mestre em Ciências da Religião
Pedagogo e Teólogo
Programa:
C. G. Jung: Vida e Obra;
Fundamentos da Psicologia Analítica: arquétipos, complexos, ego, Self, inconsciente pessoal e coletivo, persona, sombra, anima e animus, tipos psicológicos;
Aspectos gerais dos sonhos e procedimentos psicoterápicos;
Processo de individuação;
Prática psicoterápica.
Frequência: Quinzenal
Duração: 3 horas e meia – sábado – 6 meses
Início: 28 de fevereiro, às 16h00
Local: R. Cel. Siqueira Reis, 115
Investimento: R$40,00 por encontro
Certificado: 42 horas
Vagas limitadas
Inscrições pelos telefones:
(14) 99805.1090 - vivo
(14) 98137.8535 – TIM

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A dengue está nos deixando "loucos" de...

              A cidade alemã de Hamelin, em 1284, segundo o conto “O flautista de Hamelin”, dos irmãos Grimm, estava infestada de ratos devido às precárias condições de limpeza urbana e doméstica de seus habitantes. Num certo dia, um estranho viajante se oferece para resolver o problema, mediante um pagamento: uma moeda de cada morador. Todos, inclusive os administradores da cidade, aceitam a proposta. O viajante, então, sai pelas ruas tocando sua flauta. Os ratos, como que enfeitiçados pela melodia, seguem-no, até as margens do rio Weser, onde morrem afogados. A cidade livre dos ratos e das doenças se nega a pagar pelo trabalho do viajante, que promete retornar para acertar a pendenga. Ao regressar, passa pelas ruas tocando sua flauta encantatória, atraindo desta vez a todas as crianças que, seguindo-o até a uma caverna, lá são trancadas para sempre, enquanto os seus pais participavam de uma cerimônia religiosa.
            O conto suscita algumas imagens em nossa alma: Uma cidade sem um serviço básico de saúde descente, com condições mínimas de fazer frente às doenças que os ratos transmitem como toxoplasmose, leptospirose e parasitas como giárdia que causam diarréia, tanto em seres humanos quanto em outros animais; casas, ruas, avenidas e praças sujas por moradores e autoridades desleixados; falta de médicos e remédios; venenos, ratoeiras e gatos insuficientes; pessoas aguardando alguma atitude das autoridades que, como ratos, roíam o dinheiro do povo com coisas inúteis para a sua proteção apesar de pagarem taxas e impostos, cada vez mais altos; mães e pais, que deixam seus filhos e filhas sozinhos em casa, porque se proliferam como ratos, e que buscam por uma religião contrária ao controle da natalidade; crianças que, como ratos de laboratório, se adaptam a viver em gaiolas, isto é, sem opções de brincar, somente assistir a televisão e jogar vídeos games e, tragicamente, se acostumam a serem cobaias de experiências dos produtos oferecidos no mercado, inclusive aos direcionados aos adultos; pessoas e autoridades que, como ratos, fogem do compromisso para com aqueles que apontam para a solução do problema, mas que a semelhança dos ratos, podem se vingar terrível e friamente, sequestrando o nosso futuro.
            Estas imagens nos falam do ataque de emoções que à semelhança dos pernilongos Aedes aegypti, estão nos deixando loucos de medo, de raiva, de tristeza, de insegurança, de frustração, de revolta, de incapacidade de vencê-los, de decepção com as autoridades, de desespero de ficar doente e morrer, etc. Como também de outras emoções, nem sempre são admitidas como tais, a saber: do egoísmo, da crueldade, da violência, da vingança, da avareza, da negligência, incompetência e falta de escrúpulos para com os negócios públicos e pessoais, da alienação propositalmente ingênua, etc.
            Entretanto, podemos nos identificar com o herói da história - o flautista -, que à semelhança de Orfeu, que desceu aos infernos para resgatar sua amada Eurídice, com sua música faz adormecer ao monstruoso cão de três cabeças, Cérbero.
            O momento é de nos empenhar pela continuidade e melhoria das condições de vida, aprender a superar a todas as adversidades que aparecem em nosso caminho, inclusive o descaso das autoridades, sem esperar o reconhecimento de ninguém, se quisermos vencer mais esta luta pela nossa sobrevivência e de outras pessoas. Precisamos “amansar” as feras, aplacar os instintos perversos que nos invadem como enxames de pernilongos, em benefício de toda a cidade, isto é, da nossa consciência.
(Sílvio Lopes Peres – Psicólogo Clínico – CRP 06/109971 – Fones: 998051090 / 981378535 – http://psijung.blogspot.com.br)

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung

Coordenação:
Psic. Sílvio Lopes Peres - CRP 06/109971
Candidato a membro do Instituto Junguiano de    São Paulo – IJUSP (filiado a Associação Junguiana  do Brasil – AJB, filiada a Association for Analytical Psychology – IAAP, com sede em Zurique, Suíça)
Mestre em Ciências da Religião
Pedagogo e Teólogo
Temas:
C. G. Jung: vida e obra;
Fundamentos da Psicologia Analítica:
Arquétipos
Complexos
Ego e Self
Inconsciente Pessoal e Coletivo
Persona
Sombra
Anima e Animus
Tipos Psicológicos
Aspectos gerais dos sonhos e procedimentos psicoterápicos
Processo de individuação
Metodologia:
Exposição dialogada e debates de textos

Início: 28 de fevereiro

Horário: 14h00 às 17h30

Frequência: Quinzenal

Local: R. Cel. Siqueira Reis, 115

Investimento: R$40,00 por encontro

Vagas limitadas

Informações:
99805.1090 – vivo / 98137.8535 – TIM
silviolperes@hotmail.com

Certificado de participação

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carnaval: para que serve?

            As raízes do carnaval são mitológicas: as saturnálias romanas, celebração a Saturno, deus responsável pela renovação dos anos agrários e religiosos, nas quais os pobres/escravos cantavam e se divertiam imitando a elite/senhores; as dionísias, quando uma estátua de Dioniso era seguida por uma procissão desordenada, orgiástica, em celebração ao vinho, em meio a um grande concurso popular de tragédias e comédias dramáticas, apresentadas nas ruas; e as lupercálias, festas em homenagem a Lupercus, o Fauno, o deus Pã, invocado em ataques dos lobos selvagens, cuja cerimônia, licenciosa, era realizada com o objetivo de espantar os maus espíritos que espalhavam doenças nas cidades e deixavam as mulheres inférteis (Jung, C. G. Símbolos da transformação. Petrópolis: Vozes, 1989, p. 93, nota de rodapé, nº 61).
            Se no mundo antigo o carnaval estabelecia um “hieros gamos”, uma união sagrada entre os homens e os deuses, visando a fecundar a terra para produzir alimentos, atualmente, nos une aos deuses para a fertilização da “lavoura social”.
Isto porque, milênios mais tarde: “As figuras míticas correspondem a vivências interiores” (JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 251), isto é, o carnaval pode ser a maneira de conseguirmos, pela estupidez, aquilo que em outras ocasiões não conseguimos, apesar de todas as habilidades mais refinadas desenvolvidas.
Embora nos pareça “brincadeira de carnaval”, na verdade, somos “brincados” pelas figuras míticas que, como “tricksters”, agem como genuínos componentes de caráter de cada um de nós e de toda a nossa nação, inebriando-nos, mesmo não conscientemente reconhecidos, travestidos na magia das máscaras e fantasias divertidas.
            O carnaval é a oportunidade de experimentarmos as manifestações tricksterianas que carregamos todos os dias do ano dentro de nós; através do humor e da ironia, podemos integrar e unir os paradoxos em que nos metemos. “Trickster é a energia brincalhona que tem a capacidade de produzir humor que pode desencadear transformação. Trickster é Eros usando Logos, produzindo prazer através do aparato cognitivo da psique” (TANNEN, S. R. The female trickster: the mask that reveals. Routledge Ed. 2008, citado por Bragarnich, R. Os primórdios da literatura brasileira: o arquétipo do trisckster nas raízes da alma brasileira – Artigos: ijusp.org.br).
Segundo o antropólogo Roberto DaMatta: “É a fantasia que permite passar de ninguém a alguém; de marginal do mercado de trabalho a figura mitológica de uma história absolutamente essencial para a criação do momento mágico do carnaval. (...) No carnaval e na fantasia há possibilidade de virar onipotente e ser tudo o que se tem vontade. Ora, é precisamente por estar vivendo num mundo assim constituído, onde as regras do mundo diário estão temporariamente de cabeça para baixo, que posso ganhar e realmente sentir uma incrível sensação de liberdade” (O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 46-47).
“A loucura do carnaval é parte dessa necessidade humana de se libertar dos padrões vividos no cotidiano. No diálogo platônico Fedro, “Sócrates afirma que conhecemos dois tipos de loucura: uma que deriva dos males humanos e, outra, quando o céu nos liberta das convenções estabelecidas”, lembra o psiquiatra junguiano Carlos São Paulo (O carnaval e a importância dos ritos. Revista Psique: Ciência e Vida. Nº 62, São Paulo: Escala, 2011, p. 45).
            Que o carnaval sirva para encontrarmos respostas melhores que nos definam como indivíduos e cidadãos num País tão cheio de contradições.
(Sílvio Lopes Peres – Psicólogo Clínico – CRP 06/109971 – Fones: 998051090 / 981378535 – http://psijung.blogspot.com.br)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

IJUSP - Palavra Trocada: Ansiedade

"O passado é como um enorme aspirador que nos suga o tempo todo"

Carl Gustav Jung, em conversa com Marie-Louise Von Franz: 
"Se não andamos sempre para frente, o passado nos suga. O passado é como um enorme aspirador que nos suga o tempo todo. Se você não avança, você regride. Você precisa levar a tocha da nova luz sempre para frente, historicamente, por assim dizer, e também em sua vida particular. Se você olha para trás com tristeza, ou mesmo com desdém, o passado torna a agarrá-la. O passado é um poder formidável".
Reação da Von Franz: 
"Isto significa ser absolutamente inflexível, implacável, com o que é diferente e novo. É isso que sinto que precisamos dizer sobre a psicologia junguiana. É por isso que, para grande aborrecimento de alguns colegas, sou contra fazer um coquetel com um pouco de Jung e algumas porções de outras coisas, diluindo a psicologia junguiana até reduzi-la à filosofia do século dezenove e deixando de considerá-la a novidade estimulante que sinto que ela é. Sem dúvida, a psicologia junguiana é extraordinariamente nova. Mas ela pode também ser sugada para o velho sistema quando, por exemplo, se diz: "Oh, isso..." A psicologia junguiana não caiu do céu; ela tem uma história, e naturalmente Jung teve muitos precursores históricos. Mas o modo como Jung vê o inconsciente, e mais, a maneira prática de viver com ele, da forma ensinada por Jung, é completamente diferente de qualquer outra escola. Essa psicologia é inteiramente nova, e não deve ser assemelhada nem reduzida a coisas do passado. (...) De algum modo inconsciente ou imaginário, a velha ordem sabe o que lhe falta; e quando o que lhe falta se mostra à sua visão, a velha ordem quer tomá-la para si e reclamá-la como sua, mesmo que uma geração separe os dois. Então temos de deixar o velho imperador sozinho. Temos de deixar o passado para si mesmo. "Que os mortos enterrem os seus mortos" - disse Cristo".
(O gato: um conto da redenção feminina. São Paulo: Paulus, 2000, p. 156-158).

domingo, 8 de fevereiro de 2015

PsicoCine - Temporada 2015

PsicoCine
PsicoCine é um projeto que se propõe analisar e refletir sobre as produções cinematográficas que possam ser usadas como instrumento de aplicação e discussão de temas relacionadas a Psicologia,  fomentando a potencialidade do cinema como processo de criação de modos de existência, produção de subjetividades, desejos e realidades,  em sua dimensão estética, ética e psicológica.
"O cinema visto como um impulso de explorar e realizar a psique, como um meio para a criação da consciência" ( John Beebe -São Paulo: Cadernos Junguianos, AJB. nº 1, 2005).

Início da Temporada 2015

Filme: Amor e Inocência
Comentarista: Sílvio Lopes Peres
Dia: 07 de fevereiro de 2015
Horário: 16h00
Local: Salão Paroquial da Matriz Santo Antônio (entrada pela R. Prudente de Moraes)
Evento gratuito

Durante 2014, tivemos a oportunidade de “explorar e realizar a psique e criar consciência” através dos filmes:
UP! Altas Aventuras;
O amor não tira férias;
O palhaço; Intocáveis;
O mundo encantado de Gigi;
O lado bom da vida;
Cisne negro;
A partida;
Valente.
A todos que contribuíram com o Projeto PsicoCine e aos responsáveis pelo Salão Paroquial da Matriz Santo Antônio que, gentil e generosamente, cedem o espaço em sua realização, nosso muito obrigado.

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung

Grupo de Estudos de Psicologia Analítica de C. G. Jung
Coordenação:
Psic. Sílvio Lopes Peres - CRP 06/109971
Candidato a membro do Instituto Junguiano de    São Paulo – IJUSP (filiado a Associação Junguiana  do Brasil – AJB, filiada a Association for Analytical Psychology – IAAP, com sede em Zurique, Suíça)
Mestre em Ciências da Religião
Pedagogo e Teólogo
Temas:
C. G. Jung: vida e obra;
Fundamentos da Psicologia Analítica:
Arquétipos
Complexos
Ego e Self
Inconsciente Pessoal e Coletivo
Persona
Sombra
Anima e Animus
Tipos Psicológicos
Aspectos gerais dos sonhos e procedimentos psicoterápicos
Processo de individuação
Metodologia:
Exposição dialogada e debates de textos

Início: 28 de fevereiro

Horário: 14h00 às 17h30

Frequência: Quinzenal

Local: R. Cel. Siqueira Reis, 115

Investimento: R$40,00 por encontro

Vagas limitadas

Informações:
99805.1090 – vivo / 98137.8535 – TIM
silviolperes@hotmail.com

Certificado de participação