quarta-feira, 20 de julho de 2011

Em busca da alma


"Hoje conhecemos muito sobre a mente e pouco sobre a alma, muito sobre o pensamento crítico e pouco sobre a imaginação, muito sobre lógica e pouco sobre paixão. Do jardim de infância à universidade fomos treinados para questionar, argumentar, analisar, criticar e debater. Em suma: pensar, pensar, pensar!
Enquanto isso, nossa alma está morrendo. e quando a alma morre, ela o faz de maneira serena e impassível que mal percebemos. Não há barulho, lamento, funeral, nem lágrima pela alma. Quase como se nada tivesse acontecido, o corpo continua a comer, beber, dormir e trabalhar. E também a mente, como uma máquina sem espírito, continua a estalar, zunir e fazer seu trabalho. Mas a alma morreu e a paixão se foi.
Há algo de muito errado em nossa cultura. Entoamos um lamento, uníssono e inconsciente, pela alma que perdemos. Saibamos ou não, estamos como que famintos de uma abertura do coração, por um retorno à alma. Felizmente, almas perdidas podem ser encontradas, e a vela que se apagou pode ser acesa de novo".
(ELKINS, D. N. Além da religião. São Paulo: Editora Pensamento, 2005, p. 47)

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